No 80º aniversário da libertação de Auschwitz, sobreviventes do campo de concentração alertaram sobre o crescente antissemitismo em várias partes do mundo, destacando os paralelos com o período que antecedeu o Holocausto. A cerimônia, marcada por uma significativa presença de líderes mundiais, visou lembrar a importância de preservar a memória histórica e de combater a intolerância. Durante o evento, o clima de reflexão foi enfatizado por figuras como Marian Turski, que lembrou como o antissemitismo foi uma das principais causas do Holocausto, e Leon Weintraub, que reforçou a necessidade de combater o extremismo.
Além disso, a farmacêutica Janina Iwanska e outros sobreviventes expressaram suas preocupações com o retorno de atitudes extremistas, enquanto o presidente polonês Andrzej Duda ressaltou a responsabilidade histórica dos poloneses como guardiões dessa memória. O aumento de incidentes antissemitas, especialmente após conflitos recentes, foi apontado como um sinal de alerta, com a disseminação de ódio entre as gerações mais jovens, principalmente nas redes sociais.
O evento também foi marcado por críticas a discursos que minimizam a culpa histórica pelo Holocausto, como o pronunciado pelo empresário Elon Musk, o que gerou reações de líderes políticos. O trabalho de preservar a memória do Holocausto foi reiterado como uma tarefa urgente, já que muitos dos sobreviventes presentes neste evento podem não estar mais disponíveis para compartilhar suas histórias no futuro. A necessidade de educar sobre os horrores do passado e suas lições para o presente e futuro foi amplamente discutida.