Rolande Fichberg, sobrevivente do holocausto, expressou sua indignação após ver um gesto associado ao nazismo por uma figura pública, algo que ela considera um atentado contra a memória das vítimas do regime. Fichberg, que perdeu familiares em campos de concentração, participou de uma cerimônia no Rio de Janeiro em homenagem aos 80 anos da libertação de Auschwitz. O evento, realizado no Palácio da Cidade, também marcou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, com o objetivo de preservar a memória histórica e evitar que os horrores do passado sejam esquecidos.
Durante a cerimônia, autoridades e sobreviventes destacaram a importância de combater qualquer forma de extremismo e apologia ao nazismo. Bruno Feigelson, presidente da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro, reforçou a necessidade de se lembrar do passado para impedir que tragédias como o holocausto se repitam. Além disso, o evento contou com a participação do Cônsul-Geral da Alemanha, Jan Freigang, que afirmou que o país segue comprometido com a preservação da memória e com a luta contra o antissemitismo.
O ato também foi marcado por discursos sobre justiça e memória, como o de Ana Bursztyn Miranda, que comparou o reconhecimento das vítimas do nazismo à falta de reconhecimento de crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil. A cerimônia, que envolveu o acendimento de velas em homenagem às vítimas, serviu para lembrar que a luta por justiça e pelo reconhecimento histórico deve ser constante, tanto no contexto do holocausto quanto em relação a outros episódios de repressão.