Rolande Fichberg, sobrevivente do Holocausto, participou de uma cerimônia no Rio de Janeiro em homenagem às vítimas do regime nazista e pelos 80 anos da libertação de Auschwitz. Durante o evento, Fichberg, que perdeu familiares em campos de concentração, expressou indignação após observar gestos associados ao nazismo. Ela ressaltou a importância de combater a apologia ao regime e garantir que esses atos não passem despercebidos, destacando sua luta contínua contra o extremismo.
O evento, realizado no Palácio da Cidade, reuniu autoridades políticas, religiosas e sobreviventes, com discursos sobre a preservação da memória histórica e o combate ao antissemitismo. A cerimônia, marcada pelo acendimento de velas em memória das vítimas, também contou com a presença de representantes da Alemanha, que reafirmaram a responsabilidade histórica do país em relação ao Holocausto e destacaram a importância da educação para evitar o retorno de ideais extremistas.
Além disso, a cerimônia gerou reflexões sobre a importância de enfrentar os erros do passado e garantir que atrocidades como o Holocausto não se repitam. Um dos discursos abordou a necessidade do Brasil de reconhecer seu próprio passado, especialmente em relação à ditadura militar, comparando a luta por justiça para as vítimas do nazismo com a falta de reparação para aqueles afetados pela repressão no Brasil.