Os sachês de nicotina, conhecidos como snus, estão começando a ser comercializados ilegalmente no Brasil, apesar de sua proibição no país. Este produto, que pode ser feito com ou sem tabaco e contém nicotina sintética, foi inicialmente popularizado na Suécia e é considerado uma alternativa ao cigarro, mas com altos riscos à saúde. O snus é absorvido rapidamente pela mucosa bucal, o que pode aumentar a dependência devido à liberação acelerada de nicotina. Embora o marketing nas redes sociais promova o produto como uma solução para parar de fumar, especialistas alertam que ele pode agravar o vício, não oferecendo benefícios para quem tenta abandonar o tabagismo.
Estudos e especialistas ressaltam que o uso de snus pode ser ainda mais perigoso do que os cigarros tradicionais, pois, apesar de não envolver fumaça, ele aumenta o risco de câncer de boca e doenças cardiovasculares devido à alta concentração de nicotina. A comercialização do produto é proibida na União Europeia (exceto na Suécia) e no Reino Unido, mas está autorizada nos Estados Unidos, onde a FDA regulamenta sua venda. No Brasil, as apreensões do produto, feitas principalmente por órgãos de fiscalização, refletem um crescente mercado ilegal, com algumas pessoas buscando os sachês como uma alternativa ao cigarro.
Especialistas em saúde pública destacam que, para quem deseja parar de fumar, existem opções mais seguras e eficazes, como o uso de chicletes e adesivos com nicotina, que oferecem uma liberação gradual da substância, ajudando no processo de desintoxicação. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte por meio de ambulatórios especializados em cessação de tabagismo, auxiliando aqueles que buscam abandonar o vício. A conscientização e o acompanhamento médico são fundamentais para enfrentar o vício de forma mais saudável e eficaz, sem recorrer a produtos que podem representar riscos adicionais à saúde.