O Smart Sampa, sistema de segurança pública de São Paulo, utiliza mais de 23 mil câmeras e inteligência artificial para identificar crimes em tempo real, como furtos e invasão de propriedade, além de monitorar o uso de veículos roubados. Desde sua implementação, o sistema contribuiu para a prisão de 512 criminosos foragidos e a detenção de mais de 1.700 pessoas em flagrante. Operado por 400 agentes da Guarda Civil Metropolitana e outras entidades, o projeto integra dados com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, sendo controlado a partir de uma central na cidade.
Embora tenha mostrado eficácia na captura de criminosos, o Smart Sampa enfrenta críticas relacionadas à transparência no uso das imagens e na forma como são armazenadas. Especialistas apontam que a falta de um protocolo claro e da integração com entidades da sociedade civil compromete a confiança pública no sistema. A prefeitura, por sua vez, defende o projeto, afirmando que ele é acompanhado por um conselho e que a privacidade é garantida pela LGPD, com a exclusão automática das imagens de pessoas sem vínculos com o banco de dados.
Com um custo mensal de cerca de R$ 10 milhões, o Smart Sampa é considerado uma medida positiva, mas com a necessidade de ajustes, especialmente no que se refere à fiscalização e à maior transparência. O sistema continua sendo aprimorado para aumentar a segurança na cidade, com planos para monitorar agressores de mulheres que usem tornozeleiras eletrônicas, tornando-se uma ferramenta mais robusta no combate ao crime.