A Síria receberá dois navios geradores de eletricidade provenientes da Turquia e do Catar, capazes de produzir um total de 800 megawatts, para mitigar a severa crise energética que afeta o país. A medida visa reparar a infraestrutura elétrica gravemente danificada durante o governo do presidente deposto Bashar al-Assad, embora as autoridades ainda não tenham especificado quando os navios entrarão em operação. A escassez de energia é crítica, com a maioria das regiões recebendo eletricidade por apenas duas a três horas diárias, mas o governo interino promete elevar esse número para oito horas diárias em dois meses.
Além disso, os Estados Unidos emitiram uma isenção temporária de sanções para permitir transações limitadas com instituições sírias, buscando estimular a assistência humanitária e o fluxo de energia no país. Essa flexibilização, válida até julho, não elimina as sanções existentes, mas representa uma tentativa de aliviar a situação humanitária em meio à reconstrução pós-conflito. A guerra civil que devastou o país, iniciada em 2011 durante a Primavera Árabe, resultou em centenas de milhares de mortes e milhões de deslocados, deixando cicatrizes profundas na sociedade e na infraestrutura.
A queda do regime Assad, que governava a Síria há cinco décadas, representa um marco histórico no Oriente Médio. Desde então, o país enfrenta desafios substanciais para reestabelecer a estabilidade política e econômica. Grupos rebeldes, intervenções internacionais e conflitos regionais transformaram a guerra em um terreno de disputas geopolíticas, com múltiplos atores envolvidos. Agora, a reconstrução elétrica e a ampliação dos serviços básicos emergem como passos iniciais cruciais para um futuro mais estável e próspero.