A disputa entre os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a presidência do instituto, liderada por Márcio Pochmann, se intensificou após uma notificação extrajudicial que exige que o sindicato AssIBGE retire a sigla IBGE de seu nome. O sindicato, que representa os trabalhadores da instituição, tem realizado diversas mobilizações contra as mudanças na gestão e decisões administrativas, como a alteração do estatuto do IBGE e o fim do trabalho remoto integral.
Além disso, a criação da Fundação IBGE+, uma entidade privada com o objetivo de captar recursos para o instituto, tem gerado controvérsias entre os servidores. Eles afirmam que a fundação não foi devidamente comunicada à equipe, gerando preocupações sobre seu impacto no funcionamento do IBGE. A Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP) emitiu uma carta solicitando a intervenção do Congresso Nacional para proteger a autonomia técnica e científica da instituição.
O sindicato contestou a notificação alegando que o uso da sigla IBGE em nome de entidades representativas de servidores é uma prática comum e histórica, com raízes desde 1947. A entidade afirmou que, caso a notificação seja formalizada com a assinatura do presidente do IBGE, tomará as medidas legais necessárias para defender sua marca registrada, citando a importância simbólica do nome para a memória das lutas dos trabalhadores ao longo de várias décadas.