O publicitário Sidônio Palmeira, futuro ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), comentou sobre as recentes mudanças anunciadas pela Meta, que controla as plataformas Facebook, Instagram e WhatsApp. As alterações incluem o fim do programa de checagem de fatos e a remoção de restrições em temas como migração e gênero, além de uma maior promoção de conteúdo cívico, que envolve questões políticas e ideológicas. Para Palmeira, essas mudanças são prejudiciais à democracia, pois podem dificultar o controle sobre a proliferação de desinformação e discurso de ódio nas redes sociais.
Palmeira afirmou que é essencial que os governos, incluindo o Brasil, adotem regulamentações mais rigorosas para o setor de redes sociais. Ele questionou por que países como os Estados Unidos e a China tomam medidas restritivas contra plataformas como o TikTok, enquanto o Brasil ainda enfrenta desafios para regulamentar o uso dessas tecnologias de forma eficaz. O futuro ministro ressaltou a importância de uma abordagem soberana, em que cada nação possa adotar suas próprias regras para o funcionamento das plataformas digitais, sem depender exclusivamente de decisões de empresas privadas.
Além de suas críticas às mudanças da Meta, Sidônio Palmeira também falou sobre os desafios da comunicação pública. Ele destacou a necessidade de alinhar as ações do governo com a percepção da população, considerando os aspectos políticos, de gestão e comunicação. Palmeira foi nomeado novo ministro da Secom, substituindo Paulo Pimenta, e se prepara para tomar posse no próximo dia 14. Durante a conversa com jornalistas, ele afirmou que a expectativa do governo para os próximos dois anos é fortalecer a comunicação das políticas públicas, com um foco em aumentar a eficácia na transmissão das ações do governo à sociedade.