O setor público consolidado, composto pela união, estados e municípios, registrou um déficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024, equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Em comparação com o ano anterior, quando o déficit atingiu R$ 249,1 bilhões, o resultado de 2024 representa uma melhoria significativa. O déficit primário é a diferença entre as receitas e despesas do governo, excluindo os pagamentos de juros da dívida.
O relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central também detalhou a performance dos diferentes segmentos do setor público. O Governo Central teve um déficit de R$ 45,4 bilhões, enquanto as estatais registraram um déficit de R$ 8,1 bilhões. Por outro lado, os governos regionais (estados e municípios) apresentaram um superávit de R$ 5,9 bilhões. Em dezembro, o superávit primário foi de R$ 15,7 bilhões, uma melhora em relação ao déficit de R$ 129,6 bilhões observado no mesmo mês de 2023.
No que diz respeito à dívida pública, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) atingiu 76,1% do PIB, o que equivale a R$ 9 trilhões em 2024. Essa relação aumentou em 2,2 pontos percentuais em comparação com 2023. A Dívida Líquida do Setor Público também cresceu, alcançando 61,1% do PIB, ou R$ 7,2 trilhões, uma elevação de 0,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O déficit nominal, que inclui tanto o resultado primário quanto os juros da dívida, foi de R$ 998 bilhões, ou 8,45% do PIB, em 2024.