A relação entre os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a sua direção atravessa uma nova fase de tensão com a divulgação de uma carta aberta assinada por mais de uma centena de profissionais da instituição, principalmente gestores como coordenadores e gerentes. O documento questiona a atual condução do órgão, acusando-a de ter um viés autoritário, político e midiático. Os servidores expressam apoio aos diretores que pediram exoneração devido à discordância com a gestão, além de defenderem a qualidade e a integridade dos dados produzidos pelo IBGE, que seguem metodologias internacionais.
Os trabalhadores também manifestam preocupação com a criação da Fundação IBGE+, uma iniciativa da gestão atual, que não contou com ampla discussão interna. A carta critica a fundação e o uso do nome do IBGE sem a devida consideração sobre possíveis impactos à autonomia e à confiabilidade dos dados. Além disso, a paralisação das atividades da fundação é solicitada como uma medida urgente para preservar a integridade do trabalho realizado pela instituição.
O clima dentro do IBGE está deteriorado, com dificuldades nas lideranças e na execução das funções administrativas e operacionais. Diante dessa crise organizacional, os servidores apelam ao apoio da sociedade e das autoridades competentes, buscando soluções para restaurar o ambiente de trabalho e a confiança nas ações do instituto.