Uma servidora do Tribunal de Justiça de São Paulo foi condenada a 16 anos de prisão por desvio de mais de R$ 2,4 milhões de contas judiciais. Ela foi considerada culpada por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Entre 2021 e 2023, a acusada teria emitido alvarás falsos em processos judiciais, liberando valores bloqueados em inquéritos arquivados. O esquema foi descoberto por colegas de trabalho, que alertaram as autoridades. Durante o processo, a servidora admitiu os desvios e explicou que parte do dinheiro foi usado para ajudar familiares e na compra de bens pessoais, como um apartamento e reformas.
A decisão, tomada na primeira instância, determinou que a servidora cumprisse a pena em regime fechado, além de proibir o recurso em liberdade devido ao risco de fuga. Antes de ser presa, ela passou dois dias foragida e, durante esse período, tentou se ocultar adquirindo ouro, sacando dinheiro e organizando documentos para facilitar sua fuga. O juiz responsável pela sentença destacou a confiança que ela gozava no cargo e a estratégia elaborada para enganar os magistrados.
A defesa da condenada recorreu da sentença, afirmando que não há provas suficientes para sustentar a condenação, como exige a lei. Os advogados alegam que a justiça não tem sido imparcial neste caso e que buscarão uma decisão mais justa nas instâncias superiores.