O sindicato dos servidores do IBGE, o Assibge-SN, comemorou a suspensão temporária da fundação de direito privado IBGE+, anunciada em 29 de janeiro. A decisão, no entanto, foi vista como um passo positivo, mas insuficiente para resolver a crise interna do instituto, que envolve medidas autoritárias e ações antissindicais nos últimos meses. O sindicato ressalta que a suspensão não resolve os problemas mais amplos enfrentados pela instituição e reforça sua luta por um IBGE democrático e autônomo.
O Assibge anunciou que continuará mobilizado e exigirá mais esclarecimentos durante uma reunião agendada para 4 de fevereiro com a presidência do IBGE. A principal preocupação da entidade é garantir que a suspensão da fundação seja definitiva e que qualquer solução adotada no futuro seja debatida com a participação dos servidores. O sindicato mantém oposição a qualquer proposta que implique riscos de privatização ou que não envolva a devida consulta aos trabalhadores.
Recentemente, os servidores realizaram um protesto na sede do IBGE, no Rio de Janeiro, contra a criação da fundação e o que consideram uma gestão autoritária. Os manifestantes também denunciaram o desrespeito às recomendações dos técnicos e as investidas contra o sindicato. Durante o ato, foram feitas reivindicações por uma gestão mais democrática, aumento no orçamento, mais servidores efetivos e respeito aos direitos dos trabalhadores.