No dia 28 de janeiro, os senadores democratas votaram contra um projeto de lei liderado pelos republicanos, que visava sancionar o Tribunal Penal Internacional (TPI) por emitir mandados de prisão contra autoridades israelenses. O TPI havia acusado figuras de destaque de Israel, incluindo o primeiro-ministro e seu ex-ministro da defesa, de crimes de guerra, relacionados aos ataques ocorridos em outubro de 2023. O governo de Israel rejeitou as acusações, considerando-as infundadas.
O projeto, que foi aprovado pela Câmara dos Representantes mais cedo no mês, precisaria de 60 votos no Senado para avançar. Contudo, a proposta recebeu apenas 54 votos favoráveis e 45 contrários. Apesar do apoio de alguns democratas, como o senador John Fetterman, outros membros do partido se opuseram à medida, destacando a falta de compromisso dos republicanos em alterar a proposta para obter mais apoio bipartidário. Entre os opositores estavam senadores envolvidos diretamente nas negociações, como Jeanne Shaheen e Chris Coons, que estavam buscando um entendimento com os republicanos.
A decisão dos senadores democratas gerou reações intensas tanto de aliados quanto de opositores no Congresso, refletindo a divisão interna sobre como lidar com as ações do TPI e a relação com Israel. Embora a medida tenha sido aprovada na Câmara, ela foi bloqueada no Senado, onde os republicanos agora têm maior controle. A votação e a posição de alguns senadores, como o caso de Fetterman, demonstraram as tensões dentro do próprio Partido Democrata sobre a política externa e as questões relacionadas ao Oriente Médio.