O senador Flávio Bolsonaro apresentou uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após este associar o parlamentar a práticas ilícitas relacionadas ao esquema de rachadinha. Haddad, em uma coletiva de imprensa, criticou a postura de Flávio, mencionando que o trabalho da Receita Federal, que investigou movimentações financeiras suspeitas, foi essencial para combater crimes de corrupção. O ministro ressaltou que o senador deveria explicar a origem de seu patrimônio, questionando sua ausência de trabalho formal e a aquisição de imóveis durante o período em que o esquema de rachadinha teria ocorrido.
Flávio, por sua vez, rebateu as acusações e afirmou que o próprio Judiciário já havia reconhecido que as acusações contra ele eram ilegais e arquivadas pelo Ministério Público. O senador defendeu sua idoneidade e afirmou que nunca houve denúncia formal contra ele. Em nota, ele classificou Haddad de “impostor” e o acusou de tentar desviar a atenção de sua incompetência ao fazer afirmações falsas. Flávio também afirmou que o ministro será responsabilizado por suas declarações.
A troca de acusações ocorre em um contexto político tenso, com críticas do governo Lula à oposição, incluindo a família Bolsonaro, em relação a temas como a desinformação e a política tributária. O caso, que envolve tanto questões legais quanto políticas, agora será analisado pelo STF, com o ministro André Mendonça responsável por conduzir o processo. A situação reflete a complexidade das relações entre os membros do governo, a oposição e as instituições responsáveis pela investigação de possíveis irregularidades.