O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o Senado está pronto para votar a segunda parte da reforma tributária, com foco na tributação sobre a renda. Após a sanção da primeira etapa, que tratou da tributação sobre o consumo, o governo agora concentra seus esforços na criação de um sistema mais justo para a renda. Haddad destacou que a expectativa é que a discussão sobre a reforma da renda seja mais tranquila, pois os pontos a serem ajustados são específicos, sem grandes mudanças no mérito da proposta.
A principal mudança proposta pelo governo é isentar do Imposto de Renda os cidadãos que ganham até R$ 5.000 mensais, enquanto as alíquotas serão aumentadas para aqueles com rendas superiores a R$ 50.000, com valores progressivos. O ministro afirmou que a proposta já foi praticamente concluída e discutida com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. No entanto, a formalização do envio ao Congresso será realizada após as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, programadas para o início de fevereiro.
Haddad expressou confiança na aprovação da reforma, destacando que o foco agora é garantir o avanço das mudanças necessárias para modernizar o sistema tributário do país. Quanto à primeira parte da reforma, já sancionada, o ministro não acredita que os vetos presidenciais sejam derrubados, uma vez que as mudanças vetadas não envolvem questões polêmicas. O governo espera concluir a segunda fase da reforma nos primeiros dias de fevereiro.