O Senado dos Estados Unidos aprovou a indicação de Lee Zeldin, ex-deputado republicano de Nova York, para liderar a Agência de Proteção Ambiental (EPA). A confirmação, com um placar de 56 votos a 42, ocorre em meio a um contexto de políticas ambientais polêmicas, com Zeldin recebendo a missão de reverter regulamentações climáticas implementadas pelo governo de Joe Biden, focadas na redução das emissões de veículos, usinas de energia e fábricas. O novo líder da agência foi escolhido pelo ex-presidente Donald Trump, com a expectativa de avançar na desregulamentação e promover o uso de combustíveis fósseis, além de flexibilizar regras sobre emissões e o estímulo a veículos elétricos.
Durante sua audiência de confirmação, Zeldin respondeu a questionamentos sobre as mudanças climáticas e as regulamentações de gases de efeito estufa, apontando que a EPA possui autoridade para regular tais emissões, mas não é obrigada a agir. A confirmação gerou críticas de grupos ambientais, que temem que Zeldin priorize interesses econômicos em detrimento da proteção ao meio ambiente. A principal preocupação é que a agenda de Trump, centrada na desregulamentação e no apoio à indústria de petróleo e gás, seja implementada, prejudicando iniciativas para a redução de poluentes e a promoção de fontes de energia limpa.
Por sua vez, Zeldin defendeu que as mudanças climáticas são uma questão relevante, mas enfatizou que a agência não deve ser excessivamente intervencionista. Ele também destacou que a revisão de decisões anteriores da EPA, como a chamada “descoberta de perigo” relacionada à saúde humana e gases de efeito estufa, será uma prioridade. A confirmação de Zeldin sinaliza uma possível mudança significativa nas políticas ambientais dos Estados Unidos, com impactos no futuro da regulação de emissões e na transição para uma economia mais sustentável.