O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou a importância da discussão sobre a adoção do semipresidencialismo no Brasil, afirmando que o tema estará na agenda de 2025. Esse modelo de governo prevê uma divisão de poderes entre o presidente da República e um primeiro-ministro, escolhido pelo Congresso Nacional. Mendes também abordou a necessidade de ajustes no sistema presidencialista atual, citando o uso irresponsável de emendas parlamentares como exemplo de um problema a ser enfrentado.
A discussão sobre o semipresidencialismo não é nova, tendo sido iniciada em 2022, com a criação de um grupo de trabalho na Câmara dos Deputados para analisar a proposta. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também expressou interesse em avançar com a reforma após seu mandato. Outros membros do cenário político e jurídico, como o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também veem o semipresidencialismo como uma possível solução para a estabilidade da democracia no Brasil.
Durante o Brazil Economic Forum, ex-presidente Michel Temer reforçou a necessidade de mudanças institucionais, incluindo o fim da reeleição e a adoção de mandatos presidenciais únicos de cinco ou seis anos. Essa proposta também recebeu apoio de Pacheco, que acredita que tais mudanças poderiam contribuir para uma governabilidade mais equilibrada e eficiente no país.