Seis anos após o rompimento da barragem em Brumadinho, Minas Gerais, que resultou em 272 mortes e devastação ambiental, uma série de eventos em várias cidades marca o luto e a luta por justiça. A tragédia é lembrada por familiares das vítimas, movimentos sociais e instituições que buscam ressarcir os danos e garantir que a memória do ocorrido seja preservada. Atividades como debates, seminários, exibição de filmes e apresentações artísticas fazem parte da agenda que inclui eventos em Brumadinho, Belo Horizonte, Ouro Preto e São Paulo.
A maior parte da programação é organizada por associações como a Avabrum e o Instituto Camila e Luiz Taliberti, que destacam a importância da união das vítimas e suas famílias na busca por responsabilização. Embora o acordo firmado entre a mineradora e o governo tenha estabelecido ações de reparação, os atingidos consideram que a reparação é insuficiente, especialmente no que se refere à perda irreparável das vidas. A luta por justiça e por responsabilização das partes envolvidas segue como uma das principais bandeiras, com a cobrança de um julgamento para os denunciados.
Em paralelo, o Memorial Brumadinho será inaugurado, com um espaço dedicado à memória das vítimas e à reflexão sobre a exploração mineral no Brasil. A construção e gestão do memorial foram demandas das famílias, que também buscam evitar que novas tragédias ocorram. A liderança feminina tem se destacado nesse movimento, com várias mulheres à frente das entidades que lutam pela justiça e pelo reconhecimento da dor que a tragédia causou às famílias afetadas.