Diego Honorato, um brasileiro de 38 anos, se encontra internado em um hospital universitário na Holanda após sofrer um infarto durante um voo de São Paulo para a Irlanda. Devido a um quadro de insuficiência cardíaca diagnosticado antes da viagem, ele agora precisa de um transplante cardíaco, que deve ser realizado no Brasil. No entanto, o custo de um transporte médico especializado de UTI aérea, que pode chegar a R$ 1 milhão, está fora de seu alcance, já que ele e sua esposa não contrataram seguro viagem. Sem a cobertura necessária, a família recorreu ao governo brasileiro, mas o Itamaraty informou que não há recursos disponíveis para custear o traslado médico.
Especialistas alertam que viajar sem seguro viagem é um risco significativo, principalmente em viagens internacionais, onde os custos de assistência médica são elevados e imprevistos podem ocorrer. O seguro viagem oferece cobertura para diversas situações emergenciais, como atendimento médico, repatriação, extravio de bagagem e cancelamento de voos. Para muitos destinos, a contratação do seguro é até uma exigência para a emissão de vistos. O caso de Diego é um exemplo claro de como a falta de um seguro adequado pode resultar em dificuldades graves e onerosas em situações de saúde inesperadas.
Do ponto de vista legal, a responsabilidade sobre o custo do transporte e dos tratamentos médicos recai sobre o indivíduo que decide viajar sem a devida cobertura. Embora seja possível buscar apoio do estado com base em situações de vulnerabilidade, especialistas ressaltam que o sistema jurídico prioriza o atendimento coletivo em detrimento de custos elevados para casos individuais. A situação de Diego, portanto, ressalta a importância de um planejamento adequado antes de viagens internacionais, incluindo a contratação de seguros que cubram eventuais problemas médicos e outros imprevistos.