O mercado de seguros de vida no Brasil tem mostrado crescimento significativo, com um aumento de 13,4% na arrecadação entre janeiro e outubro de 2024, totalizando R$ 28,22 bilhões. Esse crescimento está atrelado à importância do seguro no planejamento sucessório, especialmente em um cenário de mudanças nas legislações tributárias. O seguro de vida tem se consolidado como uma solução eficaz para evitar bloqueios ou perdas no processo de sucessão, além de oferecer liquidez imediata, uma vantagem em comparação com outras opções, como doações e holdings patrimoniais.
Carlos Eduardo Biagioni, especialista em soluções patrimoniais, destaca que o custo de transmissão de herança no Brasil pode ser elevado, especialmente com o aumento das alíquotas do ITCMD, o que pode impactar até 20% do patrimônio. O seguro de vida surge como uma alternativa eficiente, proporcionando recursos imediatos para arcar com custos sucessórios sem afetar investimentos existentes. A personalização das apólices, adaptadas a cada perfil e situação, também se apresenta como um diferencial no mercado, que tem se mostrado mais flexível e acessível.
Além disso, o seguro de vida no Brasil segue as tendências globais de planejamento financeiro, com modelos já consolidados em países como os Estados Unidos e o Japão, onde é utilizado amplamente para questões sucessórias. Biagioni acredita que a conscientização sobre essa ferramenta tem avançado, especialmente após a pandemia, que acelerou o debate sobre o planejamento financeiro. Diante de um cenário tributário em constante mudança, o seguro de vida tem se mostrado uma solução eficaz para perpetuar patrimônios e garantir a estabilidade das famílias no futuro.