O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, tem orientado diferentes unidades da Polícia Militar a evitar situações de confronto e operações que resultem em mortes, em meio a um aumento significativo nos casos de mortes durante abordagens policiais. Policiais de várias patentes e grupos como Rota, Força Tática e Rocam foram informados de que, apesar de manterem o patrulhamento e atendimento a ocorrências, devem agir com mais cautela, especialmente em áreas sensíveis. A recomendação inclui até mesmo a moderação em abordagens, com o intuito de evitar confrontos que possam resultar em vítimas fatais.
Nos bastidores, circula a informação de que o secretário estaria cedendo à pressão de ONGs e outras instituições que questionam as práticas da PM, principalmente as abordagens agressivas. A medida de diminuir a intensidade das incursões tem gerado preocupações dentro da corporação, que teme que isso comprometa a credibilidade dos policiais e a percepção da população sobre a legitimidade das operações. Alguns policiais apontam que a mudança nos protocolos pode prejudicar a eficácia do trabalho policial, já que a segurança da sociedade e a autoridade dos agentes podem ser colocadas em risco.
Em 2024, os casos de mortes decorrentes de ações policiais aumentaram 78% em comparação ao ano anterior. Embora a Secretaria de Segurança Pública tenha sido procurada para comentar sobre os novos protocolos e a situação, não houve resposta até a publicação deste texto. O aumento de mortes e a mudança nas estratégias de abordagem têm gerado intensas discussões sobre a eficácia e os limites das operações de segurança pública no estado.