A seca que atinge o estado de Alagoas já dura quase seis meses, afetando severamente a vida de agricultores e pecuaristas. No sertão nordestino, as altas temperaturas, que chegam a 40 graus, e a falta de chuvas resultaram na morte de plantações e na escassez de alimentos e água para os animais. Em municípios como Santana do Ipanema e Batalha, o rio que corta as duas cidades está completamente seco, e os açudes da região, que antes abasteciam o gado, também estão sem água.
Com a crise hídrica se intensificando, mais de 130 mil pessoas na cidade de Piranhas dependem de caminhões-pipa para o fornecimento de água potável. Ao todo, 30 cidades em Alagoas estão em situação de emergência, o que levou o governo federal a reconhecer a gravidade da seca e a mobilizar o Exército e as prefeituras para realizar o abastecimento. Cada família recebe apenas uma vez por mês o fornecimento de água, o que exige um grande esforço de economia para garantir o consumo essencial.
Enquanto a chuva não chega, a população do sertão nordestino enfrenta dias de muito calor e sofrimento. Agricultores e pecuaristas têm que se virar com o pouco que resta, na tentativa de salvar suas plantações e animais. A falta de água e pastagem é uma preocupação crescente, e o medo de que a situação piore aumenta a angústia dos moradores da região.