As articulações para a presidência das comissões permanentes da Câmara dos Deputados começam a se intensificar após a eleição para a presidência da Casa, marcada para o próximo sábado (1º). A disputa pelas comissões mais influentes, como a de Saúde, deve ser acirrada, especialmente devido ao papel que essas comissões desempenham na distribuição de emendas parlamentares. Metade das emendas devem ser destinadas à saúde, o que torna a Comissão de Saúde um dos cargos mais cobiçados, com o PL e o PT concorrendo pelo comando da área.
Além da Comissão de Saúde, outros colegiados importantes também estão em jogo, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Orçamento. A CCJ, que tem um papel fundamental nas propostas legislativas, deverá ser ocupada pelo União Brasil, enquanto a relatoria do Orçamento deve ser assumida pelo MDB, após negociações internas que alteraram o acordo inicial. A relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que regula o Orçamento, será indicada pelo PT, com um nome ligado ao governo federal.
Em outras áreas, o PL busca o controle da Comissão de Relações Exteriores e também da Comissão de Segurança Pública ou da Comissão de Educação. Internamente, há discussões sobre quem ocupará essas presidências, com nomes em análise para atender aos interesses do partido, especialmente no cenário internacional. Já o PT visa a presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, um colegiado estratégico para a fiscalização de recursos públicos, enquanto o PSD pretende conquistar a Comissão de Turismo, alinhando a presidência à sua atuação no setor.