Sarajevo, a capital da Bósnia, está enfrentando um grave problema de poluição do ar, com níveis considerados perigosos, segundo monitoramentos realizados pela IQAir. No dia 21 de janeiro, a cidade registrou uma das piores qualidades do ar no mundo, afetando a saúde de seus habitantes. Apesar de não ter indústrias poluentes, Sarajevo sofre com a inversão térmica, fenômeno natural em que o ar mais frio e os poluentes se acumulam perto do solo, agravando a poluição, especialmente durante o inverno.
A falta de indústrias pesadas em Sarajevo se deve à destruição causada pela guerra dos anos 90, mas a cidade continua sendo afetada pela poluição gerada por veículos antigos e o uso de combustíveis fósseis, como o carvão. Além disso, a neblina e os ventos fracos contribuem para que o ar poluído se estagne por dias, prejudicando ainda mais a qualidade do ar. A situação é comum em outras áreas da região dos Balcãs, onde o aquecimento doméstico e as usinas de carvão obsoletas são responsáveis por altos índices de poluição.
O impacto da poluição do ar vai além da saúde da população e afeta as perspectivas econômicas e políticas da Bósnia. A alta poluição torna os países da região menos competitivos para aderir à União Europeia, que exige padrões ambientais mais rigorosos. A poluição continua sendo um desafio a ser resolvido, com a falta de recursos financeiros e políticas públicas eficazes para combater os problemas ambientais.