O início de 2025 em São Paulo traz um alerta com mais de 18 mil casos prováveis de dengue registrados no Estado, e 21 municípios declarando emergência em saúde pública. A situação é particularmente grave em Glicério, que com uma população de cerca de 4.000 habitantes, já contabiliza 78 casos confirmados de dengue neste ano. A cidade tem intensificado medidas de combate, como nebulização nas ruas e visitas às residências para identificar focos do mosquito Aedes aegypti. A população tem sido orientada a colaborar com os agentes de saúde, que enfrentam resistência em algumas regiões, dificultando o controle da doença.
O aumento nos casos de dengue, que ocorre de forma mais acentuada em janeiro, é uma preocupação para autoridades sanitárias, especialmente devido à circulação do sorotipo 3 do vírus, que não era predominante desde 2008. Esse tipo de vírus traz riscos, pois muitas pessoas não têm imunidade contra ele. Além disso, o número de pessoas suscetíveis à doença é elevado, já que pesquisas indicam que 73% da população de São Paulo não tem imunidade contra nenhum dos sorotipos do vírus.
Em resposta à crise, a Prefeitura de São José do Rio Preto iniciou um mutirão de combate à dengue com o apoio de detentos do regime semiaberto, enquanto o governo estadual capacita os municípios para fortalecer a vigilância e o controle do mosquito. O Ministério da Saúde também está monitorando a situação e implementando ações para controlar a propagação da doença, incluindo a possível expansão da vacina Qdenga. Contudo, a produção de vacinas enfrenta limitações e as doses disponíveis são entregues de forma gradual, o que dificulta uma resposta rápida e abrangente.