O São Paulo Futebol Clube está implementando uma série de medidas para ajustar suas finanças, como cortes na folha salarial e negociações envolvendo vendas, empréstimos e dispensas de jogadores. O objetivo é cumprir as exigências do Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que visa ajudar a amortizar a dívida do clube e garantir superávit até o final de 2025. No entanto, a estratégia tem gerado desconfiança entre alguns membros do conselho deliberativo, que questionam a viabilidade do planejamento financeiro.
Durante uma reunião recente, o presidente Julio Casares discutiu com os conselheiros a situação financeira do clube, incluindo a reforma do estádio Morumbi e um possível acordo com o empresário Evangelos Marinakis, relacionado ao Centro de Formação de Atletas Cotia. Embora as conversas sobre esses projetos estejam em andamento, Casares enfrentou críticas pela falta de novas informações e por considerar algumas respostas como superficiais. Os conselheiros também expressaram preocupações sobre o impacto da dependência de receitas instáveis, como a venda de jogadores, no orçamento aprovado para 2025.
A gestão de Casares, apoiada pela maioria dos conselheiros, acredita ser possível atingir o superávit de R$ 44,8 milhões previsto no orçamento. Parte dessa projeção está baseada em um corte de R$ 1,5 milhão na folha salarial mensal, o que resultaria em uma economia de R$ 20 milhões no ano. No entanto, a falta de clareza sobre alguns pontos e a dependência de variáveis externas ainda geram incertezas sobre o sucesso do plano financeiro do clube.