Em 2025, Santa Rosa de Viterbo, no interior de São Paulo, enfrenta um cenário preocupante com a circulação da dengue. O município registrou 345 casos da doença ao longo de 2024 e, já nos primeiros dias de 2025, foram confirmados 45 casos. Para intensificar o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, a prefeitura adotou uma tecnologia inovadora: armadilhas que atraem os mosquitos com um composto químico e os capturam em cartões adesivos. Essas armadilhas, que foram instaladas em pontos estratégicos da cidade, permitem um monitoramento mais preciso das áreas com maior incidência de dengue, além de possibilitar a análise laboratorial dos insetos capturados para identificar o vírus e outros agentes patológicos como o zika e a chikungunya.
A iniciativa é parte de uma parceria com a empresa Ecovec e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e vem sendo utilizada desde 2023. O sistema permite que as autoridades de saúde identifiquem áreas com maior circulação do mosquito e adotem ações preventivas, como nebulização, limpeza de terrenos e remoção de criadouros. Segundo a prefeitura, o uso das armadilhas torna o combate à doença mais eficiente, uma vez que, antes da identificação de um caso, já é possível direcionar as equipes para as áreas de risco. Essa estratégia se alinha a um esforço maior para antecipar ações de controle, evitando que os números de infecção aumentem ainda mais.
Apesar dos avanços proporcionados pela tecnologia, a colaboração da população continua sendo essencial no controle da dengue. O diretor de Saúde de Santa Rosa de Viterbo destaca que a eliminação de criadouros é fundamental para reduzir a transmissão do mosquito. A limpeza de quintais e a vigilância constante em relação a focos de água parada são ações que devem ser realizadas pela comunidade para complementar o trabalho das autoridades. Em 2025, a situação é ainda mais crítica devido à circulação do sorotipo 3 do vírus, contra o qual uma parte da população não possui imunidade, o que exige uma mobilização ainda maior para evitar surtos da doença.