Em 2024, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de João Pessoa registrou 14.165 trotes, o que representa 5,5% do total de 256.590 chamadas feitas ao longo do ano. Embora o número tenha diminuído em comparação com 2023, quando foram contabilizados 21.794 trotes (8,8% do total), a prática continua sendo uma preocupação devido ao impacto no atendimento a emergências reais. A equipe do Samu destaca que esses trotes prejudicam o tempo de resposta, o que pode comprometer a assistência a pacientes em situações críticas.
O coordenador do Núcleo de Qualidade do Samu-JP, Vinícius Lemos, afirmou que os trotes afetam diretamente a capacidade de atendimento e o tempo necessário para salvar vidas. Ele explicou que cada minuto de resposta é crucial em casos de urgência, como crises cardíacas, AVCs, traumas graves e outras situações que exigem atenção imediata. O serviço, que é gratuito e acessível pelo número 192, continua sendo fundamental para a população, e a prática de trotes gera consequências tanto para o sistema quanto para os cidadãos que realmente necessitam de ajuda.
Em resposta ao problema, o Samu de João Pessoa tem promovido ações educativas com o objetivo de conscientizar a população sobre os danos causados pelos trotes. As campanhas incluem palestras em escolas, unidades de saúde e campanhas de mídia, com a participação do Núcleo de Educação Permanente. O trabalho educativo visa reduzir o número de trotes, explicando os riscos e as implicações legais dessa prática, que é crime segundo o Código Penal Brasileiro.