O salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518,00 em 2025, representando um aumento de 7,5% em relação ao ano anterior. No entanto, apesar desse reajuste, a consultoria LCA 4intelligence aponta que o poder de compra do brasileiro em relação à cesta básica deve continuar estagnado até 2026. O aumento no valor do salário mínimo não será suficiente para compensar o impacto da alta do dólar e dos preços elevados dos alimentos, que seguem afetando a economia nacional desde a pandemia e a guerra na Ucrânia.
O estudo revela que o poder de compra do salário mínimo começou a cair a partir de 2020, atingindo um pico de 1,5 cesta básica em abril de 2022. Embora tenha havido uma leve recuperação desde então, o cenário de preços elevados e a previsão de inflação persistente para os próximos anos indicam que o brasileiro não verá uma recuperação significativa do poder de compra. A análise sugere que mesmo com um possível fortalecimento do real, que poderia ajudar a controlar a inflação, o impacto fiscal e a trajetória econômica do país dificultam um cenário de recuperação mais robusto.
Esse cenário econômico desafiador, que afeta a percepção da população sobre a recuperação econômica, pode ter implicações políticas para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Embora o desemprego tenha caído e os salários estejam em ascensão, muitos brasileiros ainda não sentem os efeitos positivos no cotidiano, o que pode prejudicar a avaliação do governo nas eleições de 2026. Analistas políticos sugerem que, para melhorar essa percepção, o governo terá que lidar com o equilíbrio fiscal e as expectativas de inflação, o que será crucial para evitar o desgaste da confiança popular e o crescimento da oposição.