Em janeiro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto oficializando a retirada do país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Embora a decisão tenha sido anunciada em 2017, a saída só se tornará efetiva após um ano, em 2026, devido a cláusulas do tratado que exigem um processo formal para que a retirada seja validada. Mesmo com essa movimentação, os Estados Unidos continuam envolvidos em compromissos globais de enfrentamento à mudança climática, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
A decisão ocorre em um cenário global mais cético em relação à eficácia do Acordo de Paris. O impacto da saída dos EUA do tratado pode ser mais pronunciado, considerando o contexto de frustração com o progresso das negociações internacionais e a dificuldade em implementar ações efetivas de mitigação das emissões de gases de efeito estufa. Contudo, especialistas apontam que tratados multilaterais, como o Acordo de Paris, ainda representam a principal via para se avançar nas políticas climáticas globais.
O Acordo de Paris, que foi adotado em 2015 e conta com a adesão de praticamente todos os países do mundo, estabelece metas para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o enfrentamento dos impactos da mudança climática. Para o Brasil, a expectativa é de que a terceira geração das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) seja entregue até 2025, refletindo um aumento nas ambições climáticas. A análise das NDCs será fundamental para medir o progresso dos países nas metas de mitigação e adaptação climática até a COP30, que ocorrerá no Brasil em 2025.