As Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) estão em crescente adoção no futebol brasileiro, com 63 clubes já aderindo ao modelo até o final de 2024, e dois outros, Portuguesa e Santa Cruz, completando o processo em 2025. A SAF oferece uma alternativa de reestruturação para times em dificuldades financeiras, como é o caso de Botafogo e Cruzeiro, que têm experimentado melhorias significativas após a implementação do modelo. Esse modelo tem mostrado resultados positivos em clubes como o Cuiabá, que tem colhido os frutos de investimentos feitos desde 2009, mesmo após uma queda para a Série B em 2024.
O Cruzeiro, pioneiro entre os grandes clubes, passou por uma reestruturação após ser adquirido por Ronaldo em 2021, com investimentos que superaram os R$ 100 milhões, enquanto o Botafogo se destacou como um exemplo de sucesso com investimentos que ultrapassaram os R$ 300 milhões. No entanto, nem todos os casos têm sido positivos. O Vasco, que também adotou a SAF, enfrentou dificuldades com promessas de investimentos não cumpridas, gerando um cenário de frustração e uma batalha judicial para recuperar o controle do clube. A experiência de cada clube com a SAF depende da gestão dos recursos e da escolha criteriosa dos investidores.
Enquanto clubes como Fortaleza e Atlético-MG ainda buscam se estabelecer dentro do modelo, outros, como o Bahia, já começam a colher os benefícios, com grandes investimentos do Grupo City e resultados promissores. A entrada de recursos financeiros nacionais e internacionais tem se mostrado essencial para a estabilização financeira dos clubes e pode transformar o panorama esportivo no Brasil, tornando-o mais atrativo para investidores globais, desde que a gestão seja feita com transparência e eficácia.