Oficiais russos alertaram para os graves danos ambientais causados pelo vazamento de óleo combustível no Estreito de Kerch, ocorrido após o impacto de tempestades que atingiram dois tanqueiros há mais de duas semanas. Milhares de voluntários, incluindo 10.000 pessoas, foram mobilizados para limpar as praias afetadas, onde toneladas de óleo continuam a aparecer. O vazamento afetou a região costeira de Krasnodar, com resíduos de petróleo chegando às praias de Anapa, um popular destino turístico local. Desde o início do incidente, mais de 71.000 toneladas de solo e areia contaminados foram removidas ao longo de 56 quilômetros de litoral.
No entanto, relatos indicam que os esforços de resposta têm sido inadequados. Voluntários relataram falta de apoio governamental adequado, além de dificuldades relacionadas à falta de equipamentos de proteção e medidas de segurança. Algumas pessoas envolvidas na limpeza apresentaram sintomas como dores de cabeça, náuseas e vômitos, o que indica um possível risco à saúde durante as operações de contenção. A situação tem gerado críticas, principalmente em relação à organização e ao preparo das autoridades locais para lidar com o desastre.
Além disso, surgiram apelos para o envio de especialistas internacionais, dada a gravidade do vazamento e a possível extensão dos danos. Fotografias compartilhadas nas redes sociais mostram aves marinhas cobertas por óleo, aumentando a preocupação com os impactos ecológicos a longo prazo. O desastre tem levantado questões sobre a eficácia da resposta local e a necessidade de assistência externa para mitigar os danos ambientais.