Ruanda solicitou um cessar-fogo no leste da República Democrática do Congo (RDC) e a retomada das negociações com os rebeldes do M23, que tomaram a cidade de Goma nesta semana. O governo de Ruanda, representado pelo ministro das Relações Exteriores, Olivier Nduhungirehe, negou envolvimento direto de suas tropas no conflito, afirmando que suas ações foram defensivas e que apoia um diálogo entre o governo da RDC e os rebeldes.
Apesar da negativa de Ruanda, diplomatas e várias nações, incluindo a ONU, Estados Unidos e França, afirmam que o país tem dado suporte aos rebeldes do M23, especialmente no avanço sobre Goma. A cidade, que agora está sob controle rebelde, sofreu com saques e tiroteios esporádicos nos últimos dias. Nduhungirehe afirmou que o cessar-fogo deve ser estendido à região e que a solução para o impasse é um acordo de diálogo entre as partes envolvidas no conflito.
O movimento dos rebeldes continua, com tentativas de expandir seu território para o sul, em direção a Bukavu. O governo da RDC considera o M23 um grupo terrorista e rejeita qualquer negociação direta com eles, ao passo que Ruanda sugere que a perda de Goma enfraqueceu o presidente congolês, Félix Tshisekedi, e que a única saída seria um processo de negociação. A ministra das Relações Exteriores da RDC, Therese Kayikwamba Wagner, pediu sanções da ONU contra Ruanda, acusando o país de apoiar os rebeldes.