Rodrigo Pacheco assumiu a presidência do Senado em 2021 com um discurso equilibrado, destacando sua busca pela harmonia entre os Poderes, reformas econômicas e o fortalecimento da saúde pública durante a pandemia. Seu primeiro ano de mandato foi marcado pela aprovação de medidas emergenciais, como o auxílio financeiro e a CPI da Covid, além de defender a ampliação da vacinação e o piso nacional da enfermagem. No cenário político, Pacheco se destacou por suas atitudes moderadas, como o arquivamento dos pedidos de impeachment contra membros do STF e a defesa da independência da Justiça Eleitoral, o que gerou uma relação tensa com o governo de Jair Bolsonaro.
Em 2023, Pacheco foi reeleito presidente do Senado e manteve uma postura de mediação nas tensões políticas, inclusive ao autorizar a criação da CPMI para investigar os atos de vandalismo de 8 de janeiro. No entanto, sua gestão também foi marcada por desgastes com o presidente da Câmara, Arthur Lira, especialmente em questões como a tramitação das medidas provisórias e o uso de emendas parlamentares. No campo econômico, Pacheco aprovou reformas tributárias e medidas fiscais, mas o Senado teve um papel mais secundário em relação à Câmara nas principais pautas do governo.
Em sua segunda gestão, Pacheco consolidou sua imagem como um líder moderado, ao apoiar a renegociação das dívidas dos Estados e a regulamentação do uso de inteligência artificial no Brasil. Com a proximidade das eleições de 2026, Pacheco tem se preparado para possíveis novos passos políticos, incluindo uma possível candidatura ao governo de Minas Gerais ou um posto de ministro no governo de Lula. Sua relação com Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, continua sendo um ponto importante, refletindo o apoio que pode garantir a continuidade de seus projetos políticos.