Em dezembro, Bruno dos Santos Morais, mestre de obras vítima de um acidente de trabalho em Saquarema, foi o primeiro paciente a receber um transplante de pele na rede municipal de saúde do Rio de Janeiro. Ele sofreu queimaduras graves ao ser atingido por uma descarga elétrica enquanto trabalhava perto de um fio de alta tensão. Bruno foi encaminhado ao Hospital Municipal Pedro II, onde recebeu o procedimento que evitou a amputação de sua mão e acelerou sua recuperação.
O transplante de pele foi realizado com tecidos doados por uma pessoa falecida, e o procedimento foi totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos para o paciente ou hospital. A operação é considerada crucial para o tratamento de grandes queimaduras, ajudando na recuperação das áreas afetadas e prevenindo complicações graves. Este tipo de transplante, que antes era realizado apenas em hospitais privados ou federais, agora também faz parte da rede pública de saúde.
Bruno expressou sua gratidão à família do doador e incentivou a doação de tecidos, destacando a importância desse gesto para salvar vidas. O transplante de pele é feito a partir de pequenos pedaços de pele retirados de áreas do corpo do doador que não ficam visíveis, sendo tratados e armazenados no Banco de Pele do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. A operação auxilia na cicatrização das feridas e melhora o prognóstico de pacientes com queimaduras graves.