O Rio de Janeiro será a sede da cúpula do Brics em julho deste ano, mas a cidade já está sendo preparada para receber uma série de atividades ligadas à presidência brasileira do bloco. A prefeitura criou o Comitê Rio Brics, responsável por coordenar eventos e iniciativas que ocorrerão ao longo do ano. O objetivo é consolidar a cidade como um centro de articulação política do Sul Global, aproveitando sua experiência em sediar grandes eventos internacionais, como a Rio+20, os Jogos Olímpicos de 2016 e a Cúpula do G20, realizada no ano passado.
Além da cúpula, o Comitê Rio Brics terá a responsabilidade de divulgar uma nova marca comemorativa para o evento, similar à usada em 2024 durante o G20. O Brasil, que assumiu a presidência rotativa do bloco no início de janeiro, também tem o papel de organizar e coordenar mais de 100 reuniões temáticas entre fevereiro e julho deste ano, com foco em temas como comércio, inteligência artificial, mudanças climáticas, saúde pública e fortalecimento do grupo. A cidade do Rio, por sua vez, se prepara para receber o evento principal, enquanto outras atividades continuam a ser realizadas em Brasília.
O Brics, além do Brasil, é composto por Rússia, Índia, China e África do Sul, e recentemente foi ampliado com a adesão de novos países, incluindo Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. O bloco tem priorizado a promoção de uma governança mais inclusiva e sustentável, com a proposta de fortalecer a cooperação entre países do Sul Global. A presidência brasileira se concentrará na facilitação do comércio e investimentos, na governança da inteligência artificial, no financiamento para combater as mudanças climáticas, e no avanço das relações de saúde pública entre seus membros.