Desde o início de 2025, o Rio de Janeiro e sua região metropolitana registraram 11 mortes provocadas por balas perdidas. Os primeiros incidentes ocorreram logo nos primeiros dias do ano e se estendem por diferentes áreas da cidade, com vítimas de várias idades e situações. A maior parte desses casos está relacionada a confrontos entre traficantes e policiais, onde moradores inocentes acabam sendo atingidos de maneira indiscriminada. Além das vítimas fatais, o levantamento também aponta que outras 17 pessoas ficaram feridas em circunstâncias semelhantes, o que destaca a crescente violência no estado.
A maioria das ocorrências de balas perdidas ocorre em comunidades periféricas, com destaque para bairros predominantemente negros e de baixa renda. Esses locais, muitas vezes, se tornam palco de ações de grupos criminosos e operações policiais, colocando a população local em risco constante. O Instituto Fogo Cruzado, que acompanha a violência no Rio de Janeiro, aponta que essas balas perdidas têm um impacto devastador, atingindo pessoas inocentes em momentos cotidianos, como caminhando pela rua ou em casa.
Além das vítimas fatais e feridas, o aumento desses episódios é visto como uma manifestação do cenário de insegurança vivido pela população. Para especialistas, a ausência de uma estratégia eficaz para combater a violência e a atuação desordenada de grupos criminosos e forças de segurança em áreas densamente povoadas contribui para a gravidade da situação. A tragédia das balas perdidas não é apenas uma questão de segurança pública, mas também um reflexo das desigualdades sociais que marcam o Rio de Janeiro.