O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, anunciou que a restauração das obras de arte afetadas pelos atos de vandalismo em 8 de janeiro de 2023 custou R$ 2,2 milhões. Durante os ataques ao Palácio do Planalto, 20 peças de grande valor histórico foram danificadas, incluindo uma tela de Di Cavalcanti e uma escultura de Frans Krajcberg. A recuperação das obras foi realizada com o apoio da Universidade Federal de Pelotas e a colaboração de estudantes e profissionais especializados.
Grass destacou o cuidado meticuloso das equipes de restauração, que contaram com a presença majoritária de mulheres e dedicaram cerca de 12 meses ao trabalho. Entre as peças restauradas, uma ânfora quebrada em vários pedaços foi um dos desafios mais complexos, sendo restaurada graças ao trabalho detalhado dos profissionais de limpeza. Além disso, o relógio histórico de Balthazar Martinot, datado do século XVII, foi restaurado com apoio do governo suíço, retornando ao Brasil em perfeito estado de funcionamento.
O presidente do Iphan reforçou a importância da preservação do patrimônio cultural como um bem do povo brasileiro, não de governos específicos. Além da recuperação das peças, o projeto incluiu ações de educação patrimonial e a produção de um livro que documenta todo o processo. Grass sublinhou que, embora o custo tenha sido elevado, o valor simbólico das obras recuperadas justifica o investimento, dado seu significado histórico e cultural.