A Presidência da República concluiu nesta quarta-feira (8) o processo de restauração de 21 obras de arte e objetos danificados durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. O custo das restaurações foi de aproximadamente R$ 2,2 milhões, que também incluem oficinas de educação patrimonial e outros produtos relacionados à recuperação dos bens. O trabalho foi realizado em parceria com a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com destaque para a restauração de um relógio do século 17, que foi enviado à Suíça para reparos.
Além das obras de arte, os danos causados à estrutura física do Palácio do Planalto também geraram custos consideráveis. O reparo de itens como vidros, divisórias e equipamentos elétricos totalizou R$ 297.730,46. O levantamento detalhado de danos, incluindo mobiliários e itens históricos danificados, foi enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga os ataques às sedes dos Três Poderes. Estima-se que o prejuízo total, incluindo bens e estrutura, tenha alcançado R$ 4,3 milhões, mas o governo não precisou arcar com todo o valor.
O processo de recuperação incluiu tanto a restauração das obras de arte quanto a produção de laudos técnicos sobre o estado de conservação dos itens danificados. Obras de artistas renomados como Emiliano Di Cavalcanti, Frans Krajcberg e Marta Minujín estavam entre as peças afetadas, além de móveis e objetos de valor histórico. A atuação das equipes especializadas e os acordos internacionais para o reparo de itens de maior complexidade destacam o esforço do governo para preservar o patrimônio cultural e minimizar os danos causados pelos eventos de janeiro de 2023.