A cidade de Piracicaba enfrenta problemas de abastecimento de água devido ao acúmulo de lodo nas estações de tratamento, especificamente na ETA Luiz de Queiroz. O resíduo gerado no processo de purificação da água, que foi retirado recentemente da estação, está sendo armazenado em bolsas até que seque completamente, um processo que pode levar até 12 meses. A falta de capacidade para destinar corretamente o lodo tem sido um dos principais fatores responsáveis pela interrupção no fornecimento de água para a população. Após a remoção do excesso de lodo, a estação de tratamento voltou a operar perto de sua capacidade máxima.
O processo de secagem do lodo é demorado e exige drenagem da água presente, com a ação do sol acelerando o processo. Para evitar impactos ambientais e garantir a destinação adequada, a Prefeitura de Piracicaba e o Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto) estão estudando alternativas mais eficientes e de baixo custo para resolver a questão. No entanto, a solução definitiva depende de investimentos e de um planejamento que deve ser implementado a médio ou longo prazo. O despejo inadequado de resíduos no Rio Piracicaba foi proibido por decisão judicial, que exigiu a criação de um sistema de tratamento até março de 2026.
Em janeiro de 2025, uma decisão do Tribunal de Justiça suspendeu a liminar que impedia o despejo de lodo no rio, após a Prefeitura demonstrar que a medida prejudicava ainda mais o fornecimento de água na cidade. As autoridades ambientais apontam o risco de contaminação e prejudicialidade à fauna aquática, principalmente durante o período de piracema. A gestão local segue buscando alternativas viáveis para resolver o problema, com foco na manutenção do abastecimento e no cumprimento das normas ambientais.