O governo da África do Sul iniciou uma operação de resgate em uma mina de ouro abandonada, localizada na província do noroeste do país, após a morte de dezenas de homens, segundo grupos de apoio aos mineiros. As autoridades locais haviam interrompido o fornecimento de alimentos e água para tentar desmantelar o comércio ilegal de minérios. As vítimas estavam presas em condições extremas, sem recursos vitais, e a maior parte morreu de fome e desidratação. De acordo com a MACUA (Comunidades Afetadas pela Mineração Unidas em Ação), 36 corpos foram retirados da mina, enquanto 82 pessoas foram resgatadas com vida.
As autoridades locais tomaram medidas para forçar a saída dos mineiros ilegais, mas a situação se agravou rapidamente. As condições na mina de Stilfontein eram precárias, com relatos de homens desnutridos e os corpos de algumas vítimas encontrados embrulhados em plásticos. Grupos como a MACUA estavam liderando os esforços para ajudar os presos, mas a ação policial em novembro, ao cortar o fornecimento de alimentos e água, gerou críticas de organizações de direitos humanos e sindicatos. A polícia justificou sua ação como parte de um combate ao crime, mas a situação se transformou em uma tragédia.
Após a pressão pública e a crescente quantidade de mortes, o Departamento de Recursos Minerais e Energia anunciou planos de resgate no domingo. O país enfrenta uma grande crise com a mineração artesanal ilegal, que envolve cerca de 100 mil trabalhadores, conhecidos como zama zamas. Este tipo de mineração tem impacto econômico significativo e é ligado a mercados ilegais de minerais, além de conflitos territoriais. O governo agora investiga o impacto da repressão policial e as possíveis falhas nas operações de resgate e no tratamento das vítimas.