O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou sua renúncia nos próximos meses, encerrando um mandato de nove anos marcado por desafios políticos e sociais. Ele continuará liderando o Partido Liberal até a escolha de um novo líder para a próxima eleição, prevista para outubro. A decisão ocorre em meio à queda da popularidade do partido nas pesquisas, enquanto os opositores ganham força para disputar o comando do país.
A sucessão no Partido Liberal pode ser lenta, devido ao modelo canadense de convenções especiais para a escolha de líderes, o que impede eleições imediatas. O governo terá de lidar com votos de confiança no Parlamento, que poderão determinar a antecipação de uma nova eleição caso as moções contra os liberais sejam bem-sucedidas. Mesmo com a troca de liderança, análises apontam que o Partido Liberal enfrenta um cenário de provável derrota eleitoral, pressionando por uma renovação interna em meio ao risco de perda significativa de cadeiras.
A saída de Trudeau reflete também uma conjuntura econômica e política delicada no Canadá, com problemas como o alto custo de vida e tensões migratórias que impactaram sua gestão. A política internacional, especialmente em relação aos Estados Unidos, representa um desafio estratégico, dado o peso econômico das exportações canadenses. O futuro do Partido Liberal dependerá de sua capacidade de reorganização para mitigar os danos de uma derrota já prevista, enquanto a oposição se prepara para assumir um papel mais relevante no cenário político.