O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou sua renúncia ao cargo e à liderança do Partido Liberal após nove anos no poder. A decisão, embora surpreendente para alguns, foi antecipada por analistas que observaram o impacto de uma série de crises que desgastaram sua popularidade. Entre os desafios enfrentados, destacam-se conflitos internos no Partido Liberal, renúncia de aliados importantes, e a crescente impopularidade do governo, agravada por ameaças econômicas dos Estados Unidos.
Trudeau enfrentou críticas pela forma como lidou com questões cruciais, como as ameaças de tarifas impostas por Donald Trump, que geraram insatisfação entre eleitores e dentro de seu partido. Apesar dos desafios, ele deixa um legado como líder progressista, conhecido por promover políticas de inclusão social, igualdade de gênero e acolhimento a imigrantes. Seu gabinete diversificado refletiu a multiculturalidade do Canadá e consolidou a imagem do país como uma referência internacional em políticas progressistas.
Com sua saída, o Partido Liberal inicia uma disputa interna para escolher seu próximo líder, que assumirá interinamente o cargo de primeiro-ministro até as próximas eleições, previstas para este ano. O cenário político atual abre espaço para uma possível alternância de poder, com os conservadores bem posicionados para capitalizar o momento. A renúncia de Trudeau encerra um ciclo na política canadense e aponta para potenciais mudanças no rumo do país no cenário internacional.