No domingo (19), o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, renunciou ao cargo após a implementação de um cessar-fogo na região, contrariando sua posição de continuar a guerra até a eliminação do Hamas. Ben-Gvir, membro do partido Otzma Yehudit, fazia parte da coalizão liderada por Benjamin Netanyahu e ocupava o cargo desde 2022. A decisão ocorre em meio a críticas sobre a falha de segurança em Israel, especialmente após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que resultou em mais de 1.200 mortes e 250 sequestrados.
Além de Ben-Gvir, outros ministros também deixaram seus cargos, incluindo os responsáveis pelos ministérios do Desenvolvimento Negev e Galileia e do Patrimônio. Com isso, Netanyahu se vê pressionado a realizar uma reforma ministerial, com especulações sobre a fusão de algumas pastas e a possível nomeação de Avi Dichter para o cargo de ministro da Segurança Nacional. A renúncia ocorre em um momento de grande insatisfação pública com a condução da segurança no país.
O ataque de outubro e a subsequente crise de segurança têm gerado um clima de perplexidade em Israel. A população questiona como o Hamas conseguiu realizar um ataque tão devastador, dada a vigilância considerada rigorosa da região. Com a pressão aumentando, o governo israelense enfrenta desafios significativos para restaurar a confiança pública e garantir a segurança do país, enquanto investiga as falhas ocorridas durante o ataque.