Com a chegada de 2025, o setor de distribuição de energia no Brasil se prepara para um ciclo de renovações de concessões, afetando 20 distribuidoras responsáveis por aproximadamente 60% do segmento. As novas regras para esse processo, que devem vigorar até 2031, incluem exigências mais rígidas em relação à qualidade do fornecimento de energia e à realização de investimentos para melhorar a infraestrutura. Empresas como Equatorial, Energisa, CPFL e Neoenergia estarão sujeitas às novas diretrizes, que buscam evitar interrupções no serviço, mas que também geram preocupações sobre o impacto financeiro, especialmente no que diz respeito aos dividendos distribuídos aos investidores.
As concessionárias que não cumprirem os novos padrões de qualidade poderão enfrentar limitações na distribuição de lucros e até a possibilidade de extinção do contrato, um cenário mais severo do que o atual. A previsão é que as empresas precisem de um maior volume de investimentos, o que pode afetar suas margens no curto prazo. Embora os dividendos possam sofrer uma pressão inicial devido ao aumento de custos, especialistas indicam que, a médio e longo prazo, os investimentos em infraestrutura devem melhorar a eficiência e a qualidade do serviço, o que pode resultar em maior atração de capital para o setor.
A renovação das concessões tem gerado um debate sobre a atratividade do setor elétrico, especialmente para investidores em busca de rentabilidade por meio de dividendos. Embora a expectativa seja de que as novas regras proporcionem ganhos de eficiência, a imposição de custos mais elevados e a possibilidade de margens mais estreitas no início do ciclo de investimentos geram incertezas. As concessionárias que operam em regiões com alta demanda e infraestrutura mais antiga, como Rio de Janeiro e São Paulo, podem enfrentar desafios adicionais, o que torna crucial monitorar os resultados financeiros das empresas nos próximos anos.