Nesta sexta-feira (10), a prefeitura de Piracicaba iniciou a remoção do excesso de lodo acumulado nas estações de tratamento de água da cidade. Esse resíduo, que resulta dos processos de purificação da água, vinha sendo apontado como um dos principais fatores para as frequentes interrupções no abastecimento de água, afetando a população, com relatos de períodos de até cinco dias sem fornecimento. A operação envolve o uso de caminhões e interdição de vias próximas à Estação de Tratamento de Água (ETA) Luiz de Queiroz, gerando fluxo intenso de veículos e interrupções no trânsito local.
Anteriormente, o lodo era descartado diretamente no Rio Piracicaba, prática que gerou danos ambientais, como a morte de peixes em 2024. Em resposta a isso, a Justiça de Piracicaba determinou, em dezembro de 2024, a suspensão dessa prática e exigiu que medidas alternativas para o tratamento e destinação do resíduo fossem implementadas. A remoção do excesso de lodo é considerada uma solução temporária, já que a produção contínua de resíduos é inevitável durante o processo de tratamento de água.
O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) está buscando uma solução a longo prazo para evitar o acúmulo de lodo nas estações de tratamento. Embora o processo de remoção atual tenha aliviado a situação, ele é considerado caro e paliativo. A expectativa é que novas alternativas operacionais e técnicas sejam desenvolvidas para garantir a continuidade do abastecimento e resolver definitivamente o problema do acúmulo de resíduos.