O Relógio do Juízo Final, que simboliza a proximidade da destruição global, foi ajustado para 89 segundos antes da meia-noite, o valor mais próximo da catástrofe global em seus 78 anos de história. O anúncio foi feito pelo Bulletin of the Atomic Scientists, que destacou as crescentes ameaças à humanidade, incluindo o risco de guerra nuclear, o avanço da inteligência artificial, doenças infecciosas e os conflitos em regiões como a Ucrânia e o Oriente Médio. A situação é vista como um reflexo de uma série de crises globais em ascensão.
Entre os fatores críticos que contribuem para a proximidade do apocalipse, a crise climática é destacada, com 2024 sendo o ano mais quente já registrado. A ocorrência de eventos climáticos extremos, como inundações, calor excessivo, secas e incêndios florestais, afetou tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, além de causar sérios danos a ecossistemas ao redor do mundo. Especialistas alertam que os investimentos necessários para mitigar os impactos da mudança climática ainda são insuficientes.
A determinação do ajuste do Relógio do Juízo Final foi realizada pelo Science and Security Board (SASB), com a colaboração de diversos laureados com o Prêmio Nobel. Robert H. Socolow, professor da Universidade de Princeton, defendeu a necessidade urgente de investimentos em energias renováveis para enfrentar a crise climática e reduzir as emissões de gases do efeito estufa. No entanto, especialistas alertam que as ações atuais não são suficientes para evitar os piores cenários futuros.