Um novo relatório da Human Rights Watch (HRW) destaca os graves riscos à saúde de mulheres grávidas e recém-nascidas em Gaza durante o recente conflito. O estudo, publicado em 28 de janeiro de 2025, revela que o cerco e os bombardeios israelenses aumentaram significativamente o risco de complicações na gravidez, como aborto espontâneo, parto prematuro e natimorto, além de agravar a mortalidade infantil. O bloqueio de alimentos, água e eletricidade, combinado com ataques a instalações médicas, tem impactado diretamente os cuidados de saúde em Gaza, resultando em dificuldades para mulheres e bebês.
O relatório aponta ainda que a escassez de recursos médicos essenciais e o sobrecarregamento das unidades de saúde têm levado à morte de milhares de palestinos, incluindo mulheres grávidas e recém-nascidos. A HRW também destaca que muitas mulheres enfrentam estresse extremo e condições precárias nos campos de refugiados, onde a falta de alimentos, água potável e cuidados médicos adequados coloca em risco a saúde de gestantes e seus filhos. Essas condições de vida precárias, associadas a ataques militares e à interrupção de serviços essenciais, têm causado grande sofrimento.
Além disso, o impacto psicológico e físico nas mulheres grávidas é evidente, com relatos de desnutrição, falta de privacidade durante o parto e medo constante devido aos bombardeios. Em algumas áreas, a escassez de médicos e profissionais de saúde tem dificultado o acesso a cuidados obstétricos e neonatais, resultando em altas taxas de mortalidade entre recém-nascidos e aumento de infecções. O relatório finaliza com um apelo à restauração urgente dos serviços médicos e ao respeito pelos direitos das mulheres grávidas, especialmente em tempos de conflito.