As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos são caracterizadas por uma interdependência que, embora os EUA sejam o maior mercado de exportação do Brasil, também dependem significativamente do país. Em 2024, o fluxo comercial entre os dois países alcançou US$ 81 bilhões, com destaque para as exportações brasileiras de produtos básicos e industriais como petróleo, aço e aviões. Embora o presidente dos EUA tenha afirmado que o Brasil e a América Latina precisam mais dos Estados Unidos do que o contrário, especialistas consideram que, na prática, a relação é mais equilibrada, com as empresas norte-americanas também se beneficiando do mercado brasileiro.
Os Estados Unidos lideram como o principal investidor estrangeiro no Brasil, com mais de US$ 350 bilhões em investimentos diretos e quase quatro mil empresas americanas operando no país. A presença das empresas norte-americanas no Brasil é significativa, com destaque para setores como o aeronáutico, em que os dois países trocam bilhões de dólares em peças e aeronaves. Além disso, o comércio bilateral se reflete em uma troca de bens de capital e insumos, onde o Brasil importa tanto bens acabados quanto componentes para a sua indústria.
Apesar de um superávit comercial a favor dos EUA, que atingiu US$ 24 bilhões em 2023, a relação entre os dois países se destaca pela complementariedade. O Brasil exporta insumos essenciais para a economia americana e, por sua vez, importa produtos que são fundamentais para seu setor produtivo. Embora existam desafios, como possíveis tarifas comerciais, a relação continua sendo uma das mais vantajosas para ambos os países, refletindo a importância econômica mútua e a necessidade de cooperação estratégica.