Desde a eleição de Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos tem sinalizado a intenção de taxar produtos importados de outros países, incluindo o Brasil. A secretária de Comércio Exterior do Ministério da Fazenda, Tatiana Prazeres, destacou que, apesar dessa ameaça, as relações comerciais entre os dois países são superavitárias para os Estados Unidos, ou seja, eles exportam mais para o Brasil do que importam. Prazeres afirmou que isso deveria minimizar as preocupações do governo norte-americano em relação às trocas comerciais com o Brasil.
Tatiana Prazeres também comentou sobre as declarações de Trump de que, caso os países do grupo Brics, incluindo o Brasil, excluam o dólar das transações bilaterais, ele poderia aplicar tarifas de 100% sobre seus produtos. Ela enfatizou que o Brasil continua empenhado em manter e fortalecer os laços comerciais com os Estados Unidos, que são históricos e economicamente robustos. De acordo com a secretária, o superávit dos Estados Unidos com o Brasil não justifica um foco de preocupação, já que o Brasil tem superávit global, mas registra déficit com os Estados Unidos.
Por fim, Prazeres reforçou que o Brasil tem uma relação forte com os Estados Unidos e que, apesar dos desafios apresentados pelas declarações de Trump, os vínculos comerciais entre os dois países devem ser preservados e aprofundados. A secretária concluiu que a dinâmica comercial favorável para os EUA com o Brasil deveria ser considerada nas discussões sobre a política externa americana.